quarta-feira, 30 de maio de 2012

Coloração de Gram - Técnica e História

A Coloração de Gram ou Técnica de Gram como também pode ser chamada, é muito utilizada em análises clínicas por ser facilmente realizada, barata e oferece ao clínico indícios do possível patógeno que poderá mais tarde ser devidamente identificado pelas culturas na microbiologia.



Técnica

1- Confeccionar o esfregaço e fixá-lo com calor;
2- Cobrir com violeta de cristal por 60 segundos;
3- Lavar com água destilada;
4- Cobrir com Iodo de Gram ou Lugol por 60 segundos;
5- Lavar com água destilada;
6- Descorar com álcool-acetona, 10-20 segundos;
7- Lavar com esguicho de água destilada;
8- Corar com fucsina por 60 segundos
9- Lavar com água destilada, secar e observar ao microscópio.

Obs. Vale ressaltar que todas as técnicas de coloração possuem modificações principalmente quanto ao tempo dos corantes. Cabe ao laboratorista testar qual se aplicar melhor a sua rotina.



História

Esta técnica foi inicialmente descoberta pelo médico dinamarquês Hans Chistian Joachim Gram (1853 - 1958) em 1884 buscando melhorias na visualização microscópica de amostras infectadas. Como muitos outros, Gram faleceu sem que recebesse os devidos créditos pelas suas descobertas.








Coloração

Toda a coloração é baseada na espessura da parede celular bacteriana. As bactérias denominadas "Gram +" possuem parede espessa e homogênea, geralmente não estratificada e constituída principalmente por peptideoglicano enquanto as "Gram -" também possuem peptideoglicano na constituição de sua camada porém, essa é mais fina em relação as Gram +.


Espessura da camada de peptideoglicano das bactérias Gram + 







Espessura da camada de peptideoglicano das bactérias Gram - 


Após a fixação do esfregaço, o cristal violeta é adicionado corando todas as bactérias (Gram + ou -) sem diferencia-las. A adição do lugol permite a fixação do cristal violeta no citoplasma devido a formação de complexos insolúveis.

Ao adicionar o solvente alcool-acetona a camada lipídica das bactérias Gram - é destruída permitindo que na lavagem o complexo cristal violeta-lugol seja retirado, perdendo a coloração primária.

Por último temos a utilização de fucsina, responsável pela coloração avermelhada do citoplasma das Gram -.

Resultado:

Gram +: bactérias de cor violeta

Staphylococcus aureus
Streptococcus pyogenes


Gram -: bactérias avermelhadas

Pseudomonas aerugionosa
Escherichia coli

CUIDADO

- se prolongar a exposição do solvente, o complexo formado pelo cristal violeta + lugol pode ser retirado de todas as bactérias e não somente das Gram -.

- a não utilização do solvente fará com que todas permaneçam coradas de violeta levando a uma falsa interpretação.


Fonte:
Wikipedia.com
Prof2000.pt


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